Montadoras tiveram maior volume de unidades feitas em um mês desde o início da pandemia. Com 1,1 milhão de veículos produzidos, acumulado do ano ainda tem ‘tombo’ de 44,8%.
A produção de veículos subiu 23,6% em agosto ante julho, informou a associação das montadoras, a Anfavea, nesta sexta-feira (4). Foram 210.860 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus produzidos no mês, maior volume desde o início da pandemia de coronavírus, contra 170.651 no mês anterior.
o comparar com agosto de 2019, quando o setor atingiu 269.758 veículos, a queda anual é de 21,8%.
“Esse crescimento (de julho a agosto) era esperado, estamos aos poucos aumentando a produção. Quando se olha em relação ao ano passado, ainda é muito baixo. Estamos com 60 mil unidades a menos que agosto do ano passado”, afirmou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
‘Tombo’ no acumulado
De janeiro a agosto, as montadoras produziram 1.110.777 unidades no país, contra 2.011.055 veículos no mesmo período de 2019. O desempenho representa queda de 44,8% de um ano para o outro.
“No acumulado, é uma queda importante, que é de aproximadamente 900 mil unidades a menos. Isso representa quase 4 meses de produção a menos, principalmente pelos meses de maio, abril, que afetaram muito o período”, afirmou Moraes.
Veja comparação entre 2019 e 2020
Comparação do setor automotivo entre 2019 e 2020 — Foto: Divulgação/Anfavea
Exportações
Em agosto, as montadoras que operam no Brasil enviaram 28.126 unidades para outros países, o que representa queda de 3,4% em relação a julho; em relação a agosto do ano passado, a queda foi de 23,4%.
No acumulado, o setor exportou 176.746 veículos nos oito primeiros meses de 2020, contra 300.859 no mesmo período de 2019 — queda de 41,3%.
“Estamos impactados por vários mercados, também por questões econômicas, como é o caso da Argentina”, disse Moraes.
Empregos
Entre julho e agosto, o setor passou de 122.517 para 121.854 empregados, 663 postos de trabalho a menos. Desde o início da pandemia, 4.100 empregos foram perdidos na indústria automotiva.
De acordo com a Anfavea, no entanto, mais demissões ou fins de contrato devem acontecer, mas ainda não há uma previsão concreta. “Vemos uma muito provável redução dos trabalhadores em um futuro próximo”, afirmou Moraes.
Fonte: G1
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