Quanto mais velhos, maior chance de se envolverem em acidentes e de emitir mais poluição se não forem bem cuidados
A idade média dos automóveis conduzidos pelos brasileiros passou de uma década, atingindo 10,2 anos. Significa que a frota em circulação no País retrocedeu 25 anos em tempo de uso. Quanto mais velhos, maior chance de se envolverem em acidentes e de emitir mais poluição se não forem bem cuidados.
O envelhecimento tem a ver com o “pífio” crescimento da frota de automóveis no ano passado por causa da crise sanitária, explica Elias Mufarej. Ele é diretor do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), entidade responsável pelo estudo que é atualizado anualmente.
Segundo ele, se diminui a entrada de modelos novos no mercado, a idade média da frota aumenta. A pandemia do coronavírus levou a uma queda de 28,6% nas vendas de automóveis novos no ano passado. Descontando-se a taxa de mortalidade (carros com perda total ou desmanches), o total de carros em circulação soma 38,1 milhões de unidades, aumento de apenas 0,5% em relação a 2019.