Na última quarta-feira (4), o Copom aumentou a taxa básica de juros, a Selic, de 11,75% para 12,75% ao ano. Diante disso, ficou muito mais caro fazer compras a prazo, conseguir um empréstimo, fazer um financiamento, usar o limite do cheque especial, e parcelar a fatura do cartão.
Em suma, os movimentos de alta da Selic interferem em todas as taxas de juros que o Brasil pratica. Ou seja, desde as que um
banco cobra ao liberar empréstimo, até a que o investidor ganha por uma aplicação.
Diante disso, quanto maior a alta da Selic, mais difícil é conseguir crédito, empréstimos, parcelamentos ou financiamentos. E isso ocorre tanto para as empresas quanto para a pessoa física. As exigências são maiores, e quando há a liberação da operação, o cliente precisa pagar mais. Sendo assim, confira abaixo o impacto da Selic na prática.
Por que a alta da Selic prejudica as compras a prazo?
No que diz respeito aos parcelamentos, a alta da Selic não influencia apenas nas compras de casas e carros, mas também na compra de um notebook, por exemplo. Ao considerar somente a alta de um ponto percentual na Selic, a diferença na parcela do crediário não chega a R$ 1 por mês, conforme os cálculos da Anefac. Embora não pareça muito, é importante ressaltar que essa já é a 10ª alta seguida.
Tome como exemplo o financiamento de um carro de R$ 40 mil, em 60 vezes, no começo de 2021. A partir das sucessivas altas da Selic, uma parcela de R$ 974,42 em janeiro de 2021, hoje em dia passa de R$ 1.159,09. Ou ainda, uma geladeira de R$ 1.500, comprada em 12 vezes de R$ 166,01. Atualmente, a parcela está em R$ 171,92.
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Por outro lado, um empréstimo de R$ 50 mil, com prazo de pagamento de 90 dias, tinha juros de R$ 1.560,97 em janeiro de 2021, com a Selic a 2%. Agora, serão de R$ 2.593,60. De acordo com o Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), alguns dos itens mais buscados para o financiamento no varejo, são móveis, artigos de linha branca (geladeira, fogão e máquina de lavar) e eletrônicos (TVs, computadores e celulares).
A movimentação tem a meta de inibir o consumo. Ao tomar a decisão de alta da Selic, as autoridades monetárias tentam evitar o repasse das altas dos custos de produção, agora em decorrência da Guerra da Ucrânia, para os preços finais, pagos por nós.
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